REPENSAR AS RESISTÊNCIAS A PARTIR DAS NARRATIVAS

A POTÊNCIA DESCOLONIZADORA DA AULA DE CAMPO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-3879.2025v25n01ID39851

Palavras-chave:

aula de campo, narrativas, resistência, Angola Janga, liberdade

Resumo

O presente artigo discorre sobre a experiência vivida por duas alunas do curso de Pedagogia da UFRN durante uma aula de campo em União dos Palmares/AL. Entende-se a aula de campo como uma ferramenta de extrema importância para o processo educativo, haja vista que ela permite uma imersão mais profunda nos conteúdos estudados em sala de aula, aproximando os alunos da realidade prática e histórica. Portanto, levando em consideração a gama de conhecimentos adquiridos durante a experiência fora dos muros da escola, o trabalho busca trazer uma abordagem que correlaciona teoria e prática, a partir da ponte entre os saberes estudados no âmbito acadêmico e as vivências ocorridas nos seguintes espaços: Angola Janga (Quilombo dos Palmares), Fazenda Anhumas e Casa Museu Maria Mariá. Dessa forma, o objetivo do documento é disseminar outras vozes, trazendo reflexões sobre resistência a partir de narrativas sufocadas e explorando temas como: privilégio simbólico da branquitude, o protagonismo feminino e o valor formativo e descolonizador da aula de campo. Além disso, busca-se, com este relato, desmistificar a visão estereotipada e reducionista que muitos ainda têm sobre Angola Janga. Logo, é fundamental pensarmos em uma perspectiva de descolonização dos currículos para que possamos, a partir das práticas pedagógicas, ensinar aos nossos alunos que não devemos apagar histórias, pelo contrário, deve-se resgatá-las e não prevalecer na crença cega de que só existe uma história única e imutável.

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Biografia do Autor

Cauê Almeida Galvão, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor Substituto do Departamento de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, campus CERES Caicó. Doutor em Educação pelo Programa de Doutorado Latino-Americano em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Estudos Latino-Americanos (IELA-UNILA). Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira (UniBF). Especialização em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e o Mundo do Trabalho (UFPI). É bacharel em História - América Latina na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e licenciado em História pelas Faculdades Integradas de Ariquemes (FIAR). Pesquisador do Grupo de Pesquisa Educação e Drogas (GPED-UERJ). É fundador do Observatório de Política e Educação para as Drogas em Abya Yala (OPEDAY). Membro Associado Colaborador da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (ReBEDH). Autor do Livro DECIVILIZA-TE: propostas para um(a) educador(a) abyalense.

Danielly Silva dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Pesquisadora do Laboratório de Educação Novas Tecnologias e Estudos Étnico-Raciais - LENTE/UFRN.

Camila Brito de Lima Cândido, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Pós Graduanda em Educação Inclusiva pela Faculdade Caicoense Santa Teresinha - FCST. Pesquisadora do Grupo de Aprendizagem e Inclusão - GPCAI/UFRN.

Referências

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Publicado

24-08-2025 — Atualizado em 24-08-2025

Versões

Como Citar

ALMEIDA GALVÃO, Cauê; SILVA DOS SANTOS, Danielly; BRITO DE LIMA CÂNDIDO, Camila. REPENSAR AS RESISTÊNCIAS A PARTIR DAS NARRATIVAS: A POTÊNCIA DESCOLONIZADORA DA AULA DE CAMPO. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], v. 25, n. 01, p. RE05, 2025. DOI: 10.21680/1984-3879.2025v25n01ID39851. Disponível em: https://www.periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/39851. Acesso em: 22 dez. 2025.

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