A RELAÇÃO SERTANEJO-NATUREZA
A açudagem como constituidora de uma cultura escriturística no sertão do Seridó potiguar
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v1n01ID38442Resumo
A prática da açudagem era um fenômeno técnico recorrente no sertão do Seridó no século XX. Vista pela perspectiva de salvação da seca para os sertanejos, foi amplamente impulsionada pela imprensa estadual. Os açudes, dessa forma, modificaram o espaço natural do Seridó, afetando a região do Seridó e expressando-se também por meio da narrativa memorialista como inerente a esse sertão. Portanto, é objetivo deste artigo pensar a prática da açudagem nordestina como impulso para a gestação de uma cultura escriturística acerca dessa prática no Seridó a partir da narrativa escrita em periódicos nordestinos das décadas de 1930 e 1940 e em obras memorialísticas seridoenses, como o livro “Sertões do Seridó” (1980) de Oswaldo Lamartine de Faria.
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