Entre algoritmos e plataformas há uma Dança-Educação, criativa e expressiva, reivindicando um mesmo lugar: o corpo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v12i1.36842

Palavras-chave:

dança-educação, corpo, algorítmos, plataformas

Resumo

Diante dos desafios contemporâneos, verifica-se claramente a diferença, ao longo do tempo, entre os cenários das aulas de dança nas universidades federais brasileiras. Antes, há alguns anos, o tempo trazia corpos expressivamente inexperientes, ou seja, ainda em processo de se descobrirem e revelarem-se. Na contemporaneidade são identifi­cados corpos destituídos e distantes de si mesmos, demonstrando, por vezes, um desinteresse à descoberta e apropriação expressiva, imersos em uma lógica virtual, sob as instruções de plataformas e algoritmos, na qual o corpo passa a ser refém de um sistema que não retroage, mas que pelo contrário alimenta-se constantemente. A pesquisa é baseada no uso da autoetnografia, como método de pesquisa docente, por meio de registros sobre a percepção e impressões, a partir de observações das aulas da disciplina Danças, para estudantes do curso de Licenciatura em Educação Física, em uma universidade pública.

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Biografia do Autor

Alice Maria Corrêa Medina, Universidade de Brasília (UnB)

Professora Associada da Universidade de Brasília (UnB) e professora da Faculdade de Educação Física da UnB. Possui doutorado em Ciências da Saúde, UnB, e estudos de pós-doutorado em Educação, pela Universidade de Barcelona, Espanha, e UnB, e em Ciências Sociais, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desenvolve estudos e pesquisas sobre corpo, cultura, produção de sentidos e educação. Possui livros publicados por editoras universitárias relacionadas aos estudos do corpo. O último livro publicado intitula-se Corpo: Captura e Fuga, pela EDUERJ (2022), com prefácio apresentado pelo professor David Le Breton, na Universidade de Estrasburgo, França. Participou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (PPGE/UnB) e atuou como coordenadora da Linha de Pesquisa “Educação Ambiental e Educação do Campo (EAEC)”.

Elisângela Chaves, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora Adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professora da área de Dança da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Educacional, EEFFTO. Possui doutorado e mestrado em Educação pela FaE/UFMG. Docente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer em Educação, PPGIEL.  Lider do Grupo de Pesquisa EduDança. Diretora de Políticas de Ações Afirmativas da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFMG. Desenvolve orientações, estudos e pesquisas sobre corpo, lazeres afrodiaspóricos, história da dança, estudos culturais, manifestações da cultura afrodiaspórica, ações afirmativas e negritude.

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Publicado

12-06-2025

Como Citar

MEDINA, Alice Maria Corrêa; CHAVES, Elisângela. Entre algoritmos e plataformas há uma Dança-Educação, criativa e expressiva, reivindicando um mesmo lugar: o corpo. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, Natal, v. 12, n. 1, 2025. DOI: 10.36025/arj.v12i1.36842. Disponível em: https://www.periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/36842. Acesso em: 20 dez. 2025.