METRÓPOLE E ARQUITETURA
O EDIFÍCIO HABITACIONAL VERTICAL NO RECIFE, 1950-1965
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n2ID35915Keywords:
edifício vertical; habitação multifamiliar; metrópole.Abstract
A condição de metrópole que a cidade do Recife alcança a partir dos anos 1950 se expressa numa nova materialidade espacial onde o edifício em altura aparece como protagonista. Esse processo coincide com a consolidação da profissão de arquiteto e a invenção de um novo programa habitacional: o edifício residencial vertical. O novo programa vai adquirir a configuração do edifício torre com base de uso cultural, comercial ou de lazer a depender de estar localizado no centro da cidade ou nas novas áreas de expansão urbana. A materialidade desse novo tipo edilício expressará a diversidade social característica do ambiente de metrópole fazendo coabitar num mesmo edifício grupos sociais com características familiares distintas expressas em diversas tipologias habitacionais. Para além das análises formalísticas da estética dos edifícios, o artigo procura identificar pelo menos três tipos: o edifício torre com base de uso cultural; o edifício torre com base comercial; e, o edifício torre com base destinada ao lazer dos moradores. Caracterizam-se também os principais traços tipológicos, o que incluiu não só os aspectos volumétricos. mas também a análise do programa arquitetônico e dos arranjos tipológicos das plantas dos andares. Essa nova arquitetura aparece nas principais metrópoles brasileiras a partir dos anos 1940 e 1950 e traz para nossa realidade um modelo de edifício vertical que, por sua inserção urbana e uso do térreo para comércio, estará mais próximo do modelo americano preconizado por Louis Sullivan do que propriamente a Unidade de Habitação de Le Corbusier.
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