O IDEAL DA FLEXIBILIDADE NA ARQUITETURA MODERNA EUROPEIA (1926-1972)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n2ID35172

Palabras clave:

arquitetura moderna, adaptabilidade

Resumen

A flexibilidade na arquitetura atingiu o ápice de seu desenvolvimento no período moderno, fase na qual as demandas emergentes derivadas de transformações urbanas e sociais incentivaram um extenso experimentalismo de novos modelos e sistemas construtivos. Especialmente na Europa, o recurso da flexibilidade foi aplicado não apenas para a habitação mínima e a racionalização, mas também para a promoção da participação do usuário. O artigo tem como objetivo explorar esta produção da flexibilidade na arquitetura moderna, estabelecendo um panorama para a observação de suas ferramentas e aplicações projetuais, ao passo que
analisa suas classificações e principais conceitos. Com isso, busca investigar um tema pouco discutido desde a revisão do movimento moderno para a observação de seu potencial na arquitetura. O texto alia uma revisão bibliográfica de alguns dos principais autores do tema à análise de projetos relevantes, recompondo o percurso da flexibilidade ao longo do século XX, os sistemas de catalogação de elementos construtivos, suportes e unidades separáveis, o Open Building e outros. Com isto, demonstra que a flexibilidade é passível de adaptações para a resolução de desafios da arquitetura contemporânea. O artigo é introduzido pelos três episódios da flexibilidade na arquitetura moderna, com foco no primeiro, que consistiu em sua utilização na habitação mínima na década de 1920, e no terceiro, que promoveu a participação do usuário na década de 1960. 

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Biografía del autor/a

Larissa Morgana Leão Silva de Sousa, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Larissa Leão Silva de Sousa é arquiteta formada em 2021 pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente é doutoranda em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (PPGDU-UFPE). É mestre em arquitetura pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (NPGAU-UFMG), sob a linha de pesquisa Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo e suas relações com outras artes e ciências. A sua investigação concentra-se nas áreas da teoria, história e património da arquitectura moderna, com especial interesse na arquitectura escolar e na sua flexibilidade.

Fernando Diniz Moreira, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Fernando Diniz Moreira é Arquiteto (UFPE, 1990) e historiador (Universidade Católica de Pernambuco, 1991), Mestre em Desenvolvimento Urbano (UFPE, 1994) e Ph.D. in Arquitetura (University of Pennsylvania, 2004). É professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no Brasil, onde leciona desde 1996. Sua área de interesse reside em teoria, história e conservação da arquitetura e urbanismo modernos, tendo publicado mais de 100 artigos e capítulos de livros em mais de 10 países. Foi coordenador do Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI, 2009-2011), Coordenador do Docomomo Brasil (2016-2017) e eleito duas vezes Conselheiro Federal no Conselho Brasileiro de Arquitetura (2011-2017). A sua experiência profissional incluiu também planos de conservação de bairros urbanos, conventos e outros edifícios tombados.

Celina Borges Lemos, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Celina Borges Lemos é formada em Arquitetura e Urbanismo e possui mestrado em Sociologia pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG e doutorado em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas. Realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. É professora titular da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Membro do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e pesquisador nas áreas de Artes, Cultura, Arquitetura e Cidades

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Publicado

20-05-2025

Cómo citar

LEÃO SILVA DE SOUSA, Larissa Morgana; DINIZ MOREIRA, Fernando; BORGES LEMOS, Celina. O IDEAL DA FLEXIBILIDADE NA ARQUITETURA MODERNA EUROPEIA (1926-1972). Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 47–63, 2025. DOI: 10.21680/2448-296X.2025v10n2ID35172. Disponível em: https://www.periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/35172. Acesso em: 22 dic. 2025.

Número

Sección

TEORIA E CONCEITO