O corpo como inconsciente nietzschiano:
um olhar sobre a fisiopsicologia dos afetos
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2025v32n67ID36521Palabras clave:
corpo, inconsciente, fisiopsicologia, consciência, afetosResumen
O presente artigo visa a elaborar aspectos pertinentes às investigações sobre o corpo empreendidas por Friedrich Nietzsche, sobretudo a partir do que o filósofo denominou como fisiopsicologia, isto é, uma compreensão do corpo em termos de forças, impulsos e afetos, e sobretudo da íntima articulação destes com o pensamento, as sensações e volições. Essa dimensão, que chamaremos de dimensão inconsciente, se refere a uma lógica própria do corpo a medida que sua unidade é remetida a uma série conflituosa de impulsos que o constituem como uma natureza material, mas ao mesmo tempo dinâmica, modificável, plástica e produtora de formas e organizações distintas. Em outras palavras, procuraremos investigar o corpo para além do corpo organicamente estabelecido, ou como instância meramente físico-química, apresentando o corpo como condição de possibilidade de distintos modos de ser, cuja dinâmica própria engendra pensamentos, volições e valores, bem como da possibilidade de percepção destes movimentos (pelo menos de alguma parte deles) proporcionada pelo advento da consciência. Sobretudo, queremos trazer à tona a relação entre esta dimensão inconsciente e a consciência que temos de nós mesmos, pois isto poderia ampliar a capacidade humana de dar ouvidos ao que se passa no corpo sem negá-lo ou censurá-lo.
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