UM OLHAR SOBRE SÍTIOS DE CONSCIÊNCIA ARGENTINOS: QUANDO O PASSADO ENCARA O PÚBLICO DE VOLTA
Abstract
Este artigo resulta da visita a sítios de consciência argentinos – Centro Cultural de la Memoria Haroldo Conti (antiga ESMA) e o Parque de la Memoria – durante os anos de 2022 e 2023. Procuro apresentar estes espaços, refletindo como neles se constituem práticas de história pública em torno de temas sensíveis e em defesa do direito à memória sobre o passado traumático. Mais do que lugares de memória, eles se constituem como sítios de consciência por seu caráter educativo e interativo com o público, produzindo instrumentos de enfrentamento às práticas e discursos de cunho negacionista e distorcionista promovidos pelos governos argentinos, depois do período ditatorial. Na atualidade, o presidente Javier Milei e grupos de direita defendem ações demolidoras contra a preservação de memórias que denunciam as violações aos direitos humanos, as mortes e desaparecimentos forçados entre os anos 1976 e 1983. Para falar sobre essa disputa pela memória, optei por utilizar fotografias que foram por mim registradas durantes as visitas que realizei nestes lugares, atuando como pesquisadora, mas também como parte de um público afetado pelas narrativas construídas pelos/as agentes de memória, como as Madres y Abuelas de Plaza de Mayo, observando a força expressa nos olhares das pessoas – mortas, desaparecidas e sequestradas - cujas imagens compõem as exposições, sendo convidada à reflexão histórica e coletiva sobre a resistência da lembrança contra os apagamentos tirânicos.
PALAVRAS CHAVE: Centro Cultural de la Memoria Haroldo Conti; Parque de la Memoria; Sítios de Consciência; Negacionismos; Madres y Abuelas de Plaza de Mayo.
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Copyright (c) 2025 Marta Gouveia de Oliveira Rovai

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