O ESTADO MODERNO: DO CONTRATUALISMO DE HOBBES, AS DINÂMICAS DE PODER EM FOUCAULT E O “SUMA QAMAÑA” DOS POVOS NATIVOS LATINO-AMERICANOS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2177-8396.2025v37n2ID36969Resumo
A análise se concentra no "século da autoridade", que abrange, aproximadamente, os séculos 16 e 17. Enquanto a Europa se concentrava na consolidação dos Estados Nacionais, na América Latina as sociedades nativas mantinham uma cultura milenar baseada na concepção holística, derivada dos povos Incas, que valorizavam a interconexão entre todas as formas de vida. O paradigma aqui trabalhado é o Suma Qamaña do povo Aymara. Este artigo tem como objetivo, por meio do método dialético, analisar as concepções de Estado no século 17, com foco no contratualismo de Hobbes e nas dinâmicas de poder de Foucault, contrastando-as com a visão de mundo dos povos nativos latino-americanos, encapsulada no conceito de Suma Qamaña. Como conclusão, destaca-se que, enquanto a Europa vivia um período caracterizado por uma visão de poder hierárquico e unidimensional, na qual a autoridade emanava de cima para baixo, os povos latino-americanos lutavam para manter viva sua forma de vida e um paradigma holístico e interconectado, como o Suma Qamaña, que apresentava, em suma, sua ênfase na complementaridade, no equilíbrio e na interconexão de todas as formas de vida, oferecendo uma perspectiva pluralista na qual os seres humanos e a natureza coexistiam harmoniosamente. As comunidades nativas, em especial o povo Aymara, buscavam manter uma relação simbiótica com a terra e entre si, cuja visão contrastava com o individualismo e a centralização de poder do absolutismo europeu.
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