TERRITORIALIZAÇÃO DA AÇÃO PÚBLICA POR MEIO DAS DINÂMICAS TERRITORIAIS DE NÚCLEOS DE ESTUDOS EM AGROECOLOGIA E CENTROS VOCACIONAIS TECNOLÓGICOS

Autores/as

  • Daniela Aparecida Pacífico Universidade Federal de Santa Catarina
  • Carla Gualdani Universidade de Brasília (UnB)
  • Regina Helena Rosa Sambuichi Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
  • Mariana Aquilante Policarpo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
  • Fábio Alves Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

DOI:

https://doi.org/10.21680/2177-8396.2025v37n2ID34662

Resumen

Núcleo de Estudo em Agroecologia (NEA) e Centro Vocacional Tecnológico de Agroecologia (CVT) são institucionalidades situadas em instituições de ensino superior, atuam em rede e têm como característica a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão. No Brasil, a criação e a manutenção dessas institucionalidades foram promovidas de 2010 a 2016 por meio de políticas públicas. O objetivo do presente artigo é o de compreender o fenômeno da territorialização da ação pública por intermédio das dinâmicas territoriais as quais NEA e CVT estão inseridos. Teve-se por base revisão de literatura e realização de entrevistas semiestruturadas. Os resultados mostram as principais parcerias, os conflitos, as disputas que caracterizam as dinâmicas territoriais dessas institucionalidades e dentre elas estão o confronto com o agronegócio, com a mineração, com os agrotóxicos, e o isolamento das comunidades rurais. A territorialização analisada evidencia ainda a complexidade dos contextos territoriais, a existência de uma diversidade de instituições, de organizações, de profissionais com atuação no território e de grupos sociais. A existência de NEA e de CVT nos territórios impulsiona a co-construção do conhecimento agroecológico, e quando fomentados por políticas públicas eles assessoram e acompanham grupos sociais desfavorecidos e promovem ciência contextualizada.

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Biografía del autor/a

Daniela Aparecida Pacífico, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora adjunta na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus Florianópolis, com atuação na graduação e na pós-graduação. Membro do Laboratório de Estudos Rurais (LERU/UFSC). Doutora em Ciências Sociais para o Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) com estágio no laboratório Acteurs, Ressources et Territoire dans le Développement (UMR Art-Dev Cirad) em Montpellier, na França. Mestre em Desenvolvimento Rural (PGDR) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem desenvolvido pesquisas sobre desenvolvimento rural e agricultura familiar com ênfase em extensão rural, políticas públicas, agroecologia e enfrentamento da pobreza rural. Atuou como docente no Instituto Federal Goiano, campus Ceres, em Goiás, de 2016 a 2017. Desenvolveu atividades de pesquisa como Pesquisadora Assistente III na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (DISOC/IPEA), em Brasília, em 2015. Realizou consultorias em organismos internacionais como a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), a OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos) e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), de 2010 a 2012. Atuou como docente do curso de Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural (PLAGEDER) na UFRGS, Porto Alegre, de 2007 a 2009.

Carla Gualdani, Universidade de Brasília (UnB)

Possui graduação (licenciatura e bacharelado) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho -UNESP (2004). Especialização em Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília - UnB (2009), Mestrado e Doutorado em Geografia pela UnB (2015 e 2019, respectivamente). Tem experiência em pesquisas e consultorias nas temáticas: Geografia Agrária, Desenvolvimento Local e Agricultura Familiar. Atua como Professora substituta no Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB) e como pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Regina Helena Rosa Sambuichi, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (1987), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (1991) e doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília (2003). Foi professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) no período de 1996 a 2010, orientando na graduação e pós-graduação nas áreas de ecologia e conservação da biodiversidade e de desenvolvimento regional e meio ambiente. Desde 2010 é pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- IPEA, atuando na área de planejamento e avaliação de políticas públicas, com ênfase em políticas agroambientais, compras públicas de alimentos e políticas de desenvolvimento rural. Atualmente é Coordenadora de Estudos e Políticas em Desenvolvimento Rural na Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR do IPEA.

Mariana Aquilante Policarpo, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (2006) e mestrado e doutorado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2016). Integrou a equipe técnica do projeto ?Gestão Integrada e Compartilhada de Territórios Marinho-Costeiros: implicações para a pesca artesanal e para a conservação da biodiversidade?, tendo sido bolsista da CAPES, e do projeto ?Desenvolvimento Territorial na Zona Costeira catarinense: estratégias integradas de geração de trabalho a partir da valorização da identidade cultural das comunidades pesqueiras tradicionais?, através do RIMISP, CIRAD, Epagri e UFSC. Durante o período de novembro de 2011 a outubro de 2012, realizou doutorado-sanduíche na UMR Innovation/Cirad, em Montpellier, França. Foi assistente de pesquisa III no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), de 2018 a 2020, atuando no projeto "Avaliação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica 2016-2019" e na elaboração do Programa Nacional de Bioinsumos, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). De agosto de 2021 até março de 2022 realizou uma consultoria para o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em atendimento ao Projeto de Cooperação Técnica PCT BRA/IICA/20/001 ? PRODEFESA/MAPA, relacionado ao Programa Nacional de Bioinsumos. Desde março de 2022, atua como pesquisadora-doutora no Ipea, no âmbito do projeto "Avaliação do Programa Nacional de Bioinsumos". Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Rural e Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento territorial sustentável, co-gestão adaptativa dos recursos naturais de uso comum, inovações, pesca artesanal e agricultura familiar, políticas públicas, jogo de atores, povos e comunidades tradicionais, agricultura orgânica e agroecológica, bioinsumos, avaliação de políticas públicas e modelo lógico.

Fábio Alves, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e mestrado em Sociologia pela Universidade de Brasília (2006). É doutorando no curso de Pós-graduação em Agriculturas Amazônicas da Universidade Federal do Pará. Atua como Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - DF.

Publicado

22-11-2025

Cómo citar

PACÍFICO, Daniela Aparecida; GUALDANI, Carla; SAMBUICHI, Regina Helena Rosa; AQUILANTE POLICARPO, Mariana; ALVES, Fábio. TERRITORIALIZAÇÃO DA AÇÃO PÚBLICA POR MEIO DAS DINÂMICAS TERRITORIAIS DE NÚCLEOS DE ESTUDOS EM AGROECOLOGIA E CENTROS VOCACIONAIS TECNOLÓGICOS. Sociedade e Território, [S. l.], v. 37, n. 2, 2025. DOI: 10.21680/2177-8396.2025v37n2ID34662. Disponível em: https://www.periodicos.ufrn.br/sociedadeeterritorio/article/view/34662. Acesso em: 24 dic. 2025.

Número

Sección

ARTIGOS