ARQUITETURA DOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE: USO DO DESENHO LIVRE COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-7286.2025v11n3ID40250Resumo
Introdução: Transtornos de personalidade afetam o pensar, sentir e agir, comprometendo a vida social, profissional e emocional dos sujeitos e, dada sua alta prevalência, é fundamental capacitar futuros profissionais de saúde para assisti-los. Para isso, metodologias ativas, como o uso de recursos artísticos, tornam o aprendizado mais significativo e fortalecem habilidades clínicas. Objetivo: Descrever acerca do desenho livre como ferramenta pedagógica para o ensino de transtornos de personalidade em estudantes de medicina. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência. Foi realizada uma oficina com estudantes do 4º ano de medicina do Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia. A atividade iniciou-se com uma exposição teórica sobre os mecanismos de construção da personalidade e suas alterações patológicas, relacionando-os à analogia com a construção de espaços arquitetônicos. Em seguida, os participantes, divididos em grupos, criaram desenhos à mão livre que representavam diferentes transtornos de personalidade, baseando-se nos critérios diagnósticos do CID-10 e do DSM-5. Os produtos foram analisados qualitativamente, considerando simbolismos, coerência com os critérios diagnósticos e impacto na aprendizagem. Resultados: Os desenhos revelaram uma compreensão aprofundada dos transtornos de personalidade, permitindo que os estudantes expressassem conceitos abstratos de maneira visual e simbólica. A atividade estimulou o trabalho em grupo, o pensamento crítico e o engajamento dos participantes, além de proporcionar uma discussão mais aprofundada sobre os critérios diagnósticos e as implicações clínicas dos transtornos. Conclusões: O uso do desenho livre mostrou-se uma metodologia ativa eficaz e de baixo custo para o ensino da psiquiatria, favorecendo a aprendizagem significativa e a construção de conexões conceituais complexas. A aplicação de recursos artísticos no ensino médico pode contribuir para a assimilação de conteúdos teóricos densos, promovendo uma formação mais integrativa e reflexiva dos futuros profissionais.
Palavras-Chave: Desenho a mão livre; Psiquiatria; Transtornos de personalidade; Educação Médica; Metodologias Ativas de Ensino e aprendizagem.
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