Palavras que abraçam, espelhos quebrados, verdades costuradas
um olhar sobre Coisa de viado
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-1662.2025v8n42ID40504Resumo
Em um Brasil que murmura e silencia, Coisa de viado, de Samuel de Carvalho Lima, emerge como um relato que dança entre o estigma e a autoafirmação. Esta obra, publicada pela editora artesanal Arpillera, é um artefato vivo, um espelho quebrado que reflete fragmentos de uma existência queer, costurada com fios de memória, violência, desejo e dúvidas. Como aponta Rafael Lira no prefácio, o livro é “um diálogo (mesmo com um nó na garganta) em resposta às experiências vivenciadas pelo autor-personagem em sua trajetória estudantil” (Lima, 2025, p. 7). Mais que um testemunho pessoal, a obra se ergue como um mapa coletivo das tensões que habitam corpos dissidentes, revelando tanto a coragem de um homem que se nomeia quanto às contradições de uma sociedade que hesita em abraçar a diferença.
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Referências
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